Divagações sobre o meio

Em certa feita expressei opiniões sobre soberania. Mas descuidei em acreditar que todos já sabiam o que é Pátria. O Dicionário do Aurélio define como: O país onde nascemos; a terra dos pais; o lugar de origem, o berço. E Patriota, por sua vez: Pessoa que ama a sua pátria e procura servi-la. Fui cego em acreditar que nós brasileiros somos um povo que sabe o que é pátria, ou o que é ser patriota, a ponto de ficar transtornado quanto falamos da perda da soberania. Quem sabe nem todos tiveram na escola a hoje difamada educação moral e cívica, ou quem sabe nem todos tiveram que saber de cor os Hinos da Pátria, da Bandeira, do estado, do município e do colégio quando estudavam e estavam formando o seu caráter. E ainda, quem sabe, nem todos tiveram que entender o significado cada estrofe do Hino Nacional ou ainda pais, tios e amigos que lutaram por algo hoje esquecido, lutaram por ideais patrióticos. Lembro dos momentos cívicos, como o dia 7 de setembro ou não no dia do município...

E vai-se mais a mais uma caça ao poder, encaminha-se para grandes mudanças. Contudo a busca é a mesma, só que por caminhos diferentes. Nos voltamos então a nossa busca local e primordial da busca insensata por crescimento e poder. Nossa cidade chega hoje a mais de 50 mil habitantes, e muitos acreditam ser muito mais (eu também). Precisamos arrumar lugar para todas estas pessoas morarem e sobreviverem. Quando falo em sobreviver é no sentido literal mesmo, pois no ano que passou faltou água em nosso principal fonte de água potável da cidade o Córrego Traíra e enfrentamos um racionamento, que acredito ser o primeiro desde que a cidade foi fundada. Porque faltou água? Não temos água para todos? Faltou água por vários motivos reunidos em uma só palavra “individualismo”. Claro, porque quando se é individualista, você consegue o que quer passando por cima de tudo e todos que cruzarem o seu caminho. E quem acaba se prejudicando? Os outros que estão a margem e expostos a este indivi...

Quando queremos algo?          Queremos algo quando precisamos de algo. O que precisamos hoje? Moral e civilidade? Então nosso entendimento é simples, só nos damos conta que precisamos de algo quando não tem mais, acaba, caput.           Assim era o macho de tartaruga gigante de Galápagos, ele era o único sobrevivente de sua espécie, esta tartaruga gigante, que era chamada de "Solitário Jorge", viveu desde 1972 em cativeiro num centro reprodução em companhia de várias fêmeas de outras espécies, que o rejeitaram por 38 anos. Agora ele morreu.         Assim como o Jorge são as nossas justificativas para nossos erros e faltas morais e cívicas, persistentes, insistentes, muitos rejeitam e um dia morrem.          Vemos nos últimos tempos cenas de agressões em escolas, parques, transito, no trabalho em casa. Mas o que...

“ECOCHATO ou NOVO EMPREENDEDOR” Estamos na semana do meio ambiente, e dia 05 de junho comemoramos o dia mundial do meio ambiente. Nesta semana quem trabalha com educação estará envolvido em projetos e trabalhos relacionados à vida. Mas por que só na escola, faculdade e setores ambientais se integram nesta semana? Por que a vida não é discutida pela sociedade? Por que somos acomodados! Por isso não damos a mínima para o meio ambiente. Claro que damos importância quando a fiscalização ou multas nos “atacam”. Aí dizemos “esses fiscais, em vez de cuidar de algo mais sério ou importante”. Mas a verdade é que se pudéssemos deixávamos tudo para o governo resolver. Bom, se até agora não resolveu ele não vai resolver sozinho, temos que nos atentar para um fato importante, os governos passam, mas a nossa vida continua. E se não fizermos nada rápido para a nossa sobrevivência quem fará? Entre as atitudes que são adotas no dia-a-dia por alguém que pensa de forma sustentável listo: to...

“O QUE BUSCAMOS?” Nos tempos antigos os objetivos e buscas da ciência eram a sabedoria, a compreensão da ordem natural e a vida em harmonia com a natureza. Este aprendizado era para acompanharmos a ordem natural do meio. Hoje o objetivo do conhecimento é dominar e controlar a natureza. São fins antiecológicos, e considerados convencionais e acadêmicos. Mas não devemos tratar como certo, porque nos afastamos do ambiente para estudá-lo, quando deveríamos nos aproximar e integrar com ele para compreendermos o ambiente. Contudo, tivemos um grande aumento de tecnologia e biotecnologia que tornou nosso domínio sobre a natureza consideravelmente satisfatório. Escondem-se nos marketings das empresas que dominam a biotecnologia, como os transgênicos, que irão trazer vacinas em frutas, acréscimo de vitaminas nos alimentos, mas é uma ciência pontual, pois temos duas frentes, as plantas resistentes a herbicidas e plantas que aumentam seu poder de obter nutrientes devido a uma associação...

“A ECONOMIA DO DOMÍNIO” Sempre que podemos produzimos informações importantes para o desenvolvimento da vida. Mas por incrível que pareça pensamos além da vida do Homo sapiens – humano. Temos milhares de motivos para trabalhar com esse intuito, mas um traz mais pontualidade - não existiríamos, não sobreviveríamos e não manteremos a nossa vida sem que a preservação da vida selvagem ocorra. Um grande atrevimento para com a NOSSA vida é não pensar e não acreditar que dependemos do meio ambiente para viver. Olhe por um momento a sua volta, reflita, de onde veio a matéria prima para fazer “tudo” o que os seus olhos enxergam ? São recursos naturais, já escassos para tanto consumo. Algo que mexe com muitas pessoas é ser questionado sobre as grandes monoculturas, gigantescas áreas de produção de gado e áreas de extração de minerais. Um fato concreto é que as monoculturas e os bois de larga escala estão terminando com os recursos do solo, da água e biológicos. Outro fato que incomo...

“VISÕES DO MUNDO NÃO GLOBAL”   Na busca de uma visão global, no sentido de mundo, muitas informações são repassadas desta forma. “Especialistas e entidades nacionais e internacionais vêm realizando estudos e projeções e esses estudos têm apontado, de forma unânime, para a prevalência do petróleo como fonte primária de energia pelas próximas duas décadas”. Isso, pois não podemos nos referir a informações como estas de outra forma, mostra como os grandes dirigentes podem corromper nossas mentes com propaganda e notícias fulas e depauperadas. Apesar do mundo todo saber e sentir que os problemas sócio-ambientais estão ocorrendo agora e não podemos esperar até que acabe para fazer algo para mudar nosso dia-a-dia, somos impactados com movimentos contrários e individualistas. Algo semelhante ao que o Grande Chico Mendes fez pelos Seringueiros, sim pelos seringueiros e não somente pela Amazônia e sim pelas famílias que lá viviam e vivem do trabalho na floresta sem a destruir. Difere...

A obsessão pelo crescimento econômico unifica nações com ideologias diferentes e com longa história de rivalidade, mas também destrói economicamente, socialmente e moralmente muitas outras nações. Uma realidade retratada é que somos coniventes e até facilitadores desse fator, é o resultado do nosso perfil econômico consumista e individualista, mas sempre secundário na escala do pensamento ambiental, onde o “ambiente de todos e para todos” é o pensamento primordial. Temos um ponto em comum aos desses dois extremos de unificações e destruições, os impactos ambientais. Colonizadores deste Colombo, Cabral até os que para cá vieram acreditavam que tínhamos uma expansão ilimitada dos recursos econômicos – será que é uma visão somente dos colonizadores ou temos o mesmo pensamento ainda hoje? Em teorias pode até ser que é ilimitado, os números, os cálculos as somas, mas o porém é que o crescimento econômico depende da disponibilidade dos recursos naturais e isso é limitado e é o resultado nega...